sábado, outubro 25, 2025
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Dólar inicia julho em alta após disputa judicial sobre IOF no Brasil; Ibovespa atinge terceira maior marca da história

Dólar sobe com disputa sobre IOF no STF; Ibovespa avança e atinge 3ª maior marca histórica. Veja os destaques do dia.

O mês de julho começou com movimentação intensa nos mercados financeiros brasileiros. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (2) com alta de 0,51%, cotado a R$ 5,461, em meio à crescente incerteza jurídica sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e à realização de lucros por parte de investidores. Já a bolsa de valores manteve o ritmo positivo e fechou em 139.549 pontos, atingindo a terceira maior marca da história do Ibovespa.

A moeda norte-americana teve um dia de valorização consistente após abrir em estabilidade. A cotação chegou a R$ 5,47 na máxima do dia, por volta das 15h30. Mesmo com a alta desta terça, o dólar ainda acumula uma queda de 11,63% no ano, reflexo do bom desempenho do real em 2025.

IOF em disputa no STF pressiona o câmbio

O principal fator que impulsionou o dólar nesta terça foi a decisão do governo federal de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter um decreto que eleva as alíquotas do IOF. A medida havia sido derrubada pelo Congresso Nacional, com amplo apoio do mercado financeiro.

A judicialização do tema gerou desconfiança entre investidores, que veem no movimento do governo um sinal de instabilidade nas regras tributárias. “A reação foi imediata no câmbio. O mercado entende que esse tipo de incerteza institucional tem impacto direto sobre o risco-país”, explica André Castilho, analista de uma corretora em São Paulo.

Além do cenário interno, o câmbio também foi afetado por dados mistos da economia norte-americana. A produção industrial veio dentro das expectativas, mas a criação de empregos superou as projeções, fortalecendo o dólar globalmente, principalmente frente a moedas de países emergentes, como o real.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, também mexeu com os mercados ao afirmar que a autoridade monetária teria começado a cortar juros se não fosse pela política tarifária do governo Trump. A declaração foi interpretada como sinal de cautela no corte de juros nos Estados Unidos, o que reduz o apetite global por ativos de risco.

Ibovespa em alta histórica

Na contramão do dólar, o Ibovespa emplacou sua segunda alta consecutiva, com avanço de 0,5%, sustentado pelo bom desempenho de ações de exportadoras e de bancos. Com o fechamento em 139.549 pontos, o índice atinge sua terceira maior pontuação da série histórica, atrás apenas de 19 e 20 de maio deste ano, quando superou os 140 mil pontos.

A valorização da bolsa reflete o otimismo com possíveis cortes na taxa Selic ainda neste semestre e a percepção de fundamentos econômicos relativamente sólidos, apesar dos ruídos políticos.

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