sábado, fevereiro 15, 2025
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Médico não comprova operações no mercado financeiro e Polícia desconfia de “pirâmide”

JUSTIÇA: Estão sendo investigados “Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores”. A Delegacia de Defesa do Consumidor está à frente do caso.

OFTALMOLOGISTA DIEGO SAMPAIO ESTÁ SENDO INVESTIGADO APÓS DEZENAS DE DENÚNCIAS.

As investigações sobre possíveis golpes aplicados pelo médico Diego Sampaio em dezenas de pessoas, em Natal, seguem em curso. Os sigilos do oftalmologista foram quebrados pela Polícia Civil e não há dados que comprovem que ele tenha investido no mercado financeiro qualquer quantia dos recursos repassados por pessoas que confiaram em seu “trabalho”. O esquema está sendo investigado como possível “pirâmide financeira” e não se sabe o paradeiro dos recursos. A Polícia Civil, até o momento, não fala oficialmente sobre o caso.

O médico Diego Sampaio recebeu mais de R$ 30 milhões em recursos de terceiros com a promessa de investir a verba e garantir lucros através do mercado financeiro. Porém, assim como foi dito por todas as vítimas do médico, ele não apresentou qualquer comprovante de que tenha realizado operações. O sigilo de Diego Sampaio foi quebrado e não foi encontrado qualquer valor em suas contas, mas foram rastreadas movimentações significativas e que não tinham como destino os investidores, além de vários saques de alto valor. O fato reforça a hipótese de que o médico tenha viabilizado um esquema de pirâmide.

A desconfiança é que, ao receber os recursos dos clientes, Diego Sampaio procedia repasses que supostamente seriam fruto de rendimentos, encaminhando, inclusive, supostos comprovantes para os beneficiários. As imagens eram fraudadas. Assim, com a boa fama de que estava conseguindo cumprir a promessa, mais pessoas “investiam”. Porém, quando houve uma debandada de investidores, o esquema desmoronou, não foi possível continuar com os repasses e as vítimas não conseguiram reaver os recursos.

Até o momento, o inquérito policial não foi finalizado. Estão sendo investigados “Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores”. A Delegacia de Defesa do Consumidor está à frente do caso.

A reportagem da Tribuna do Norte entrou em contato com a Polícia Civil, mas a corporação disse que o caso ainda está sob investigação e sem previsão de conclusão.

Médico alega pobreza

Entre as dezenas de processos que responde, Diego Sampaio solicitou “gratuidade judiciária” em boa parte deles. As decisões dos magistrados têm divergido. Em pelo menos dois processos, o médico conseguiu a concessão da gratuidade judiciária, enquanto em pelo menos um, na 8ª Vara Cível, a juíza Arklenya Xielha Souza da Silva Pereira, negou o pedido.

FONTE: JORNAL TRIBUNA DO NORTE.

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