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Entrevista com o presidente da ASSURN GILVAN MIKELYSON

Em entrevista ao jornalista Genilson Souto editor do Jornal do Estado, o presidente da ASSURN Gilvan Mikelyson, relatou sobre os temas debatidos na 7ª edição da Convenção Paraibana de Supermercados, a Consuper 2023, organizada pela Associação de Supermercados da Paraíba, ele falou do grande orgulho em representar o presidente da ABRAS, João Galassi no evento e promover a aproximação da entidade com os demais estados brasileiros.

Nessa entrevista Mikelyson fez um balanço de sua atuação à frente do órgão que representa o setor supermercadista no estado do Rio Grande do Norte, discutindo temas relevantes como a Reforma Tributária que é uma luta da ABRAS e ASSURN em discussão no Congresso Nacional, entrega da sede própria da associação pela atual diretoria, calendário para 2024 e do otimismo com as vendas de fim de ano, são os destaques.

“A Consuper na Paraíba é um evento com bastante participação do setor, não só dos supermercadistas, mas principalmente pelos fornecedores, é um berço de atacadistas regionais muito forte eles investem muito nesse evento promovendo relacionamentos, para expor e promover novos produtos, novas marcas”, disse Mikelyson.

JORNAL DO ESTADO: Como foi a sua participação na 7 Convenção Paraibana de Supermercados oportunidade que o senhor representou o pte da ABRAS João Galassi no evento?

MIKELYSON: Foi o 17º evento que ASPB (Associação Paraíbana de Supermercados) realizou, e mais uma vez a Assurn marca presença com suas comitivas, desta vez, fomos com trinta pessoas, onde lá encontramos muitos mais de 30 colegas associados e não associados que foram por conta própria ou que tinham uma programação diferente. Foi com muita satisfação e honra, já pelo segundo ano consecutivo, pude representar o presidente da ABRAS João Galassi que não pode se fazer presente, e fazer a abertura dessa importante feira elevando o nome da Assurn, a relevância da Assurn, porque temos sido bastante participativos em todos os eventos realizado pela estadual em todo o país, assim como pelos eventos organizados pela própria Abras. Assim, essa participação efetiva, ativa, colaborativa que a gente tem tido na região e também Brasil à fora, nos dá essa visibilidade, esse bom relacionamento, essa confiança por parte do presidente Galassi e sua diretoria, e isso nos honra muito ser escolhido para fazer essa representação.

JORNAL DO ESTADO: Fale-nos sobre os temas debatidos?

MIKELYSON: A Consuper na Paraíba é um evento com bastante participação do setor, não só dos supermercadistas, mas principalmente pelos fornecedores, é um berço de atacadistas regionais muito forte eles investem muito nesse evento promovendo relacionamentos, para expor e promover novos produtos, novas marcas. O estado da Paraíba é muito similar com o nosso RN, pois muito produtos, algumas distribuidoras são semelhantes nas questões dos produtos, ou elas estão lá ou aqui, portanto não faz sentido às vezes ter nos dois estados, mas esses produtos estão muito bem positivados nos pontos de venda. Então a gente julga muito importante, muito relevante cada vez mais que esse vento esteja mais consolidado ainda e que toda vez que ele se realize promova sua atividade principal que é relacionamento e negócios.

JORNAL DO ESTADO: Temas como Reforma Tributária e venda de medicamentos sem prescrição médica tiveram destaque em sua fala. O que isso pode significar para o segmento supermercadista?

MIKELYSON: Enquanto Abras nós temos inúmeras pautas em andamento que se assemelham as lutas da nossa Assurn, a principal delas é a criação de uma Cesta Básica Nacional com a isenção tributária da mesma em detrimento da unificação de uma lei de imposto único que virá por advento da reforma tributária que está em processo de discussão em Brasília. A Abras batalhou bastante, foi criada uma força tarefa nacional liderada pelo nosso presidente João Galassi para explicarmos aos deputados e senadores como seria o impacto na economia. Foi distribuído um vasto material de estudo com números onde seria impactado, a questão do consumo, do acesso aos principais produtos básicos do consumo pela população, a primeira etapa ela foi vencida, os deputados enxergaram e compraram a ideia e agora nós vamos caminhar para o senado fazendo o mesmo trabalho para beneficiar a grande massa da sociedade brasileira e tentar não dirimir o consumo básico desses produtos. Sobre a questão dos medicamentos dispensáveis de prescrição médica – MIP – a gente luta para ofertá-lo também em nossas lojas pelo simples motivo de não precisar de prescrição médica, lógico que aliado a isso como são medicamentos teríamos que ter uma assistência farmacêutica, um profissional da área para acompanhar com responsabilidade essa relação de consumo. Por exemplo, como fazem as farmácias fazem com muitos produtos quer não são medicamentos, questão de perfumaria que eles já vendem, guloseimas, até bebidas você encontra nas farmácias, é uma questão só de equilíbrio de consumo, até porque também mesmo numa muito cidade pequena, pequenina que seja no interior do estado, tem uma mercearia, um só comércio, às vezes só tem só uma farmácia é uma opção só, às vezes ela fecha, à vezes não tem o produto, enquanto mais a gente puder distribuir isso mais fácil fica o acesso para a população desses produtos. Temos outras demandas, como estamos buscando a democratização dos vouchers de alimentação que está um monopólio muito grande nas mãos de apenas duas empresas; redução da taxa de juros de cartão de crédito; das comissões dos adquirentes de cartão de crédito, tudo isso para diminuir o custo operacional que impacta diretamente no preço dos produtos, isso tudo que conseguimos melhorar reduz na precificação dos preços das mercadorias ofertadas aos consumidores. Também temos uma batalha sobre a dosimetria de multas existe multas muito severas por problemas muito pequenos que acontecem nas nossas lojas, existe pena de prisão para os gerentes, então a gente tem brigado pela dosimetria justa de pequenas infrações que possam ocorrer já que hoje o mercado é muito profissional, à margem de erro é muito pequena; a questão das validades, existe um desperdício gigantesco no Brasil todo de produtos que estão aptos a consumo, mas por uma legislação que está em vigor se obriga jogar esses alimentos ser jogados fora, e ai população que tem fome é uma discrepância muito grande de atitude, então existe uma luta pela adequação de uma normatização melhor no que diz respeito a validade dos produtos.

JORNAL DO ESTADO: A Consuper 2023 trouxe como tema principal o bom atendimento como diferencial dos varejistas da região nordeste. Além disso, o que o senhor destacaria como pautas que merecem uma maior atenção dos empresários do setor na atualidade?

MIKELYSON: Já faz tempo que o preço deixou de ser o fator decisivo de compra por parte dos consumidores, antigamente só vendia quem tinha preço baixo, hoje, o consumidor faz um equilíbrio do que você oferta. Você tem um preço justo, um serviço excelente junto ao atendimento ao consumidor, você tem uma estrutura mínima organizada e limpa, a questão de higiene e limpeza, a exposição dos seus produtos, um marketing muito bem estruturado para você fazer as suas vendas, tanto vendas físicas quanto on-line, apesar de ainda no nosso setor ainda não ser tão grande, então, hoje tem que se investir muito em tecnologia pra acompanhar os avanços do mercado, e nunca deixar de cuidar das pessoas, dos nossos colaboradores. Capacitando, motivando fazendo com que eles tenham um pertencimento de dono da empresa, que façam sempre o melhor que podem, não estou falando de fazer esforço absurdo, falo do tempo que tem disponível na loja e que façam isso com amor, com carinho com competência para que o cliente sinta a diferença na empresa.

JORNAL DO ESTADO: Qual a sua maior expectativa para esse último trimestre do ano?

MIKELYSON: É sempre marcado por um período de incremento de vendas, pois as famílias, as empresas fazem as suas confraternizações, tem as festas de final de ano, o início das férias, tudo isso tudo sempre alavanca um pouco o consumo dos produtos que nós vendemos, então a expectativa é que isso se confirme, embora estejamos com um cenário um pouco complicado em relação ao consumo, pois percebemos uma mudança de hábito de consumo por parte dos nossos clientes, uma retração no consumo, mas acreditamos com a chegada d fim do ano, a questão do décimo terceiro salário é um incremento na economia, nós temos a expectativa de que aconteça o aumento das vendas e, claro, a questão da apreciação e votação pelo Senado da isenção da cesta básica nacional que é muito importante para a sociedade brasileira como um todo e para a relação de consumo do nosso setor.

JORNAL DO ESTADO: Pode nos adiantar algum projeto da Assurn para o ano de 2024?

MIKELYSON: Se Deus quiser2024 será o quarto e o último ano da nossa gestão frente a Assurn, tivemos um ano de 2023 de muita atuação pela nossa gestão, inclusive vamos dizer que entregamos a maior conquista da associação que foi a sua sede própria. E os projetos que tínhamos planejado no início enquanto assumimos em meio a uma pandemia não conseguiu andar, mas eu posso dizer que neste 2023 todos eles que não foram executados foram iniciados e serão consolidados no ano que vem, pretendemos, por exemplo, fazer um encontro regionalizado na regional de Nova Cruz e no Seridó, assim como foi feito em Martins, promovendo as ações da associação, fazer com o associado se aproxime mais da Assurn, compreenda melhor a atuação da associação e que participe de forma mais ativa de tudo que a gente faz. Temos os nossos eventos oficiais que estão se consolidando: o evento do Dia da Mulher, do RH, das Nutricionistas, ABRAS em Ação, e o Fórum Supermercadista do RN; além do nosso jantar anual alusivo à comemoração ao Dia dos Supermercados, e também, como sempre fizemos a nossa confraternização de fim de ano, esses eventos estão dentro de um calendário e participar de um maior número de eventos da Abras no sentido de conhecer as diferentes realidades dos estados brasileiros e poder trazer algo que contribua para nosso setor no Rio Grande do Norte.

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