Rompimento entre prefeito e a vice em Parnamirim deve modificar cenário das eleições de 2024
EXPECTATIVA: Após divisão de vereadores em dois grupos para o embate eleitoral, não resta muita coisa a fazer para Kátia Pires.
Qual o caminho que a vice-prefeita de Parnamirim e pré-candidata a prefeita Kátia Pires (União Brasil) e a vereadora Carol Pires também do mesmo partido, deverão tomar a partir de agora na política do município? É a pergunta que não quer calar. Estariam decididas a formar uma tríplice aliança com a professora Nilda para dá o troco ao sistema? Apesar do rompimento não ser confirmado por nenhum deles, o afastamento político entre o prefeito e a vice é uma realidade e deve ser um dos principais elementos da disputa eleitoral na cidade para 2024. O clima hostil é tão visível que antecipou todo esse movimento, inclusive, os arranjos e articulações da oposição que joga suas peças no tabuleiro esperando a chegada de Kátia e Carol. Tudo na política é possível!
Na câmara municipal composta por 18 edis, dois grupos de vereadores foram criados estrategicamente para impactar os rumos da pré-campanha e formar um desenho da chapa majoritária no ano que vem para enfraquecer Nilda e Kátia. Michael Borges (PSDB), professor Diego (PSB), Afrânio Bezerra (Avante), Vavá Azevedo (PP), Eder Queiroz (PSC), e Léo Lima (PSC), defendem o nome do apresentador Salatiel de Souza (União Brasil) para compor a chapa majoritária.
Por outro lado, Marquinhos da Climep (Avante), Dr. César Maia (PSB), Gustavo Negócio (Republicanos), Binho de Ambrósio (Solidariedade), professor Ítalo (PSDB), Thiago Fernandes (Solidariedade), Irani Guedes (Republicanos) e Wolney França (PSC), fizeram um acordo para que o presidente Wolney ou o ex-presidente Irani figurem na chapa majoritária em 2024.
No contexto da sobra do bolo político partidário dentro do parlamento, só restou para apoiar a vice-prefeita apenas a sua filha Carol, muito pouco para quem figura muito bem nas pesquisas de intenção de votos; Rhalessa de Clênio (PTB), deve fechar o apoio para a professora Nilda; Fativan Alves (PV) espera uma definição da federação PT-PV-PCdoB para se posicionar oficialmente, mas está empenhada na pré-campanha de Nilda e Gabriel César (PL) não recebeu apoio de nenhum colega para sua pré-campanha para prefeito de Parnamirim.
É um cenário nebuloso que empurra atores importantes da política parnamirinense para tomar decisões importantes. A vice-prefeita Kátia deverá nos próximos dias se posicionar, pois, com essa formatação o sonho de sair candidata a prefeita recebendo o apoio da base do governo é praticamente enterrado, e se manter no mesmo cargo com a indicação do prefeito Taveira virou uma utopia. Para a professora Nilda isso não estremecerá seu projeto, pois ela não ambicionava o apoio desses vereadores. Nos bastidores, as más línguas dizem que a formação desses dois grupos começou na câmara, mas terminou no gabinete do prefeito, por que teria sido de lá que veio o plano maquiavélico. Verdade ou mentira?
Que peças serão jogadas no tabuleiro político de Parnamirim até o fim de julho? Será que entraremos agosto ainda sem o inevitável rompimento de Kátia com o sistema? Ou esperaremos por setembro para ouvirmos o grito de independência de quem já faz muito tempo que está sendo desprezada pelo sistema?
Genilson Souto – Jornalista.