Em 10 anos no Brasil, chikungunya atingiu 60% das cidades e afetou mais as mulheres
Identificado pela primeira vez na Tanzânia na década de 1950, o vírus chikungunya chegou oficialmente ao Brasil a partir de 2013 — e causou o primeiro surto em meados de 2015 e 2016.
Em uma década, o patógeno que também é transmitido pela picada do Aedes aegypti, assim como os seus “primos-irmãos” dengue e zika, se alastrou por 6 em cada 10 cidades brasileiras e causou sete grandes surtos.
Essas são algumas das descobertas de um artigo que acaba de ser publicado no periódico especializado The Lancet Microbe, assinado por especialistas de diversas instituições nacionais e internacionais.
O virologista brasileiro William M. de Souza, um dos autores principais do trabalho e pesquisador do Centro Mundial de Referência de Vírus Emergentes e Arbovírus da University of Texas Medical Branch, nos Estados Unidos, avalia que o impacto do chikungunya na saúde pública do país ficou um tanto difuso, em meio às crises de dengue e zika.