Entrevistas

Sadio condimentos pavimenta o caminho para chegar na mesa de todos os brasileiros

SABOR DO BRASIL: Empresa dirigida pelo empresário natalense, Sandro Peixoto, atuante na região Norte e Nordeste, projeta desembarcar na região Sudeste.

Como um entregador de pães que trabalhava comercializando o alimento sagrado numa kombi nas comunidades de Macaiba e depois que serviu ao Exército saindo como tenente se tornou um dos empresários mais respeitados e influentes do Rio Grande do Norte? Qual o segredo do sucesso da Sadio Condimentos? Sandro Peixoto é um empreendedor norte-rio-grandense com atuação forte no setor de alimentos e limpeza, sócio fundador das Indústrias Unidas SM Ltda. Nascido em Natal no dia 23 de março de 1969, é pai de três filhos: Thiago, Leonardo e Allícia. Casado com Mellissa desde 1994.
De acordo com este empresário potiguar raiz, não tem essa conversa de fazer mágica. “Não existe segredo, o mercado exige persistência, foco no resultado e produtos de qualidade com profissionais bem preparados, desde a fabricação até o consumidor final”, declara seguindo o ritmo acelerado para o lançamento de mais produtos e expansão de mercados Brasil à fora. A próxima meta da empresa é entrar no mercado do Sudeste.


Sandro é uma pessoa humilde, pai de família exemplar, bom filho, bom esposo e muito acolhedor com seus colaboradores. Um ser humano com H Maiúsculo, que literalmente começou pequenino em seu negócio, porém, muito discreto foi galgando seu espaço e hoje seus produtos estão nas mesas de milhões de consumidores brasileiros. Um case de sucesso no país!
“Estava na iminência de ficar desempregado, meu tempo no Exército finalizava naquele ano, foi quando no alojamento de um amigo de turma, vi um anúncio numa revista que me chamou a atenção… Estruturei uma pequena produção nos fundos da padaria dos meus pais, investimos em um liquidificador, um misturador, um pilão e insumos básicos”, recorda.
A Sadio Condimentos fundada na década de 90, lidera o mercado comercializando produtos de qualidade comprovada e premiada em hipermercados, supermercados, mercadinhos e mercearias, seja para o varejo, atacadistas e revendedores, nos pequenos e grandes negócios lá estão os vinagres, temperos líquidos, pastas de alho e molhos, sendo mais de 100 itens produzidos na fábrica em Macaíba-RN.
O empresário atua também fomentando o desenvolvimento da indústria, é segundo vice-presidente da Associação das Empresas do Polo Industrial de Macaíba e também faz parte da diretoria eleita da FIERN na futura gestão do industrial Roberto Serquiz que ele considera muito preparado para assumir o cargo na Federação das Indústrias. “Pela sua liderança foi eleito numa chapa única, conseguiu através de seu jeito simples e foco no resultado, agregar a imensa maioria dos sindicatos. Tenho certeza que sua gestão vai ser um sucesso”.
Otimista com os rumos que a economia brasileira precisa tomar neste 2023, Sandro faz uma avaliação positiva do apoio do governo do estado do RN através do apoio que o segmento recebe da secretaria de Desenvolvimento Econômico nas pessoas do Dr. Jaime Calado e Silvio Torquato. “Temos um excelente relacionamento com o atual governo, houve um incremento significativo nos incentivos fiscais tanto da indústria quanto do comércio no RN nos últimos anos”.
Confira entrevista na íntegra concedida ao jornalista Genilson Souto. 

JORNAL DO ESTADO: Empreendedor Sandro Peixoto. Primeiramente gostaríamos de agradecer por atender gentilmente a reportagem do Jornal do Estado. Conte-nos um pouco sobre a história da Sadio Condimentos.

SANDRO PEIXOTO: Estava na iminência de ficar desempregado, meu tempo no Exército finalizava naquele ano, foi quando no alojamento de um amigo de turma, vi um anúncio numa revista que me chamou a atenção: “Pequenas Empresas Grandes Negócios”. Naquela ocasião procurei o Sebrae e fiz uma pesquisa pessoalmente nos supermercados. Baseado no mercado e nas estratégias apresentadas pela revista PEGN, estruturei uma pequena produção nos fundos da padaria dos meus pais, investimos em um liquidificador, um misturador, um pilão e insumos básicos.

JORNAL DO ESTADO: O que motivou o senhor a empreender especificamente nesse segmento?

SANDRO: Fiquei bastante empolgado com o anúncio em destaque na revista PEGN: “Monte sua fábrica de Temperos”. Depois que comecei a pesquisar, vi que era um segmento em plena expansão. 

JORNAL DO ESTADO: Quais as inovações desenvolvidas pela empresa nesses mais de 20 anos de atuação no mercado Potiguar que o senhor destaca como sendo de maior relevância?

SANDRO: O Molho de Pimenta e o Tempero Caseiro foram as primeiras experiências de fabricação na Sadio. Porém com a evolução da empresa e pesquisas de mercado, ampliamos nossa produção para outras famílias: Vinagres, Molhos, Adoçantes, Atomatados, Pastas de Alho e Temperos em Pó. 

JORNAL DO ESTADO: A Sadio se consolida no mercado do norte e nordeste comercializando vinagres, temperos líquidos, pastas de alho e molhos. Qual o segredo para essa expansão?  

SANDRO: Não existe segredo, o mercado exige persistência, foco no resultado e produtos de qualidade com profissionais bem preparados, desde a fabricação até o consumidor final. 

JORNAL DO ESTADO: Quantos empregos diretos são gerados pela SADIO Condimentos?

SANDRO: 220 empregos diretos.

JORNAL DO ESTADO: Muitas vezes o empreendedor não consegue ter acesso a linha de crédito, certos serviços e vantagens ao abrir um negócio. Como foi que o senhor superou as dificuldades que a burocracia brasileira impõe aos empresários brasileiros?

SANDRO: Inicialmente procurei o Sebrae para obter informações, tanto na abertura da empresa, quanto nas referências sobre o segmento de condimentos industrializados. Na questão das linhas de crédito, adquirimos confiança de acordo com a evolução e o relacionamento com os bancos. No começo era tudo muito artesanal e o investimento foi de uma pequena indenização recebida do período que trabalhei no Exército.

JORNAL DO ESTADO: Há setores na indústria do Rio Grande do Norte que vêm apresentando um crescimento relativamente bom, acima da média nacional e do Nordeste. Mas não são muitos setores. Qual a sua análise sobre o comportamento da economia do RN no ano passado e a expectativa para esse 2023?

SANDRO:Sou sempre otimista em relação ao crescimento do mercado. Entretanto, começamos o ano em 2022 com a perspectiva do fim da pandemia de Covid 19, o mercado estava animado, porém, não demorou pra recebermos a notícia do início da guerra na Ucrânia, refletindo de forma muito negativa na economia global, e no nosso RN não seria diferente, foi um ano difícil, mas graças ao trabalho e foco no resultado, fechamos o ano com crescimento dentro das nossas metas. Tenho uma boa expectativa para esse ano de 2023, no entanto, vai ser um ano de muitos desafios e mudanças com esse novo Governo. Inicialmente, ainda não sentimos o reflexo dessas transformações. A economia se encontra estável, aguardando os próximos passos que vão passar pelas reformas no Congresso Nacional, especialmente a reforma tributária que é extremamente necessária para o crescimento econômico e social do país. No Brasil, os custos são elevados, isso prejudica a competitividade e penaliza os investimentos, ainda temos que lidar com a insegurança jurídica. 

JORNAL DO ESTADO: Muito se fala que o agronegócio hoje é um dos pilares do desenvolvimento econômico no país, em contraponto à indústria, que atravessa momento delicado em vários setores. Qual a sua avaliação sobre esse quadro? Acredita que o agro está mais forte e mais importante para a economia do que a indústria no Brasil? 

SANDRO: Tanto a indústria quanto o agro são extremamente importantes para a economia do País. O agronegócio é responsável por mais de 50% de tudo que é exportado no Brasil, e este resultado está ligado à alta produtividade, em função do avanço na tecnologia empregada no campo. Mesmo em tempos de dificuldades na economia global, o agro tem sido o grande diferencial no nosso país, portanto, pelo resultado, merece uma atenção especial. A indústria é responsável por milhares de postos de trabalho no Brasil, tem um peso considerável na economia do país, porém, ainda com carga tributária elevada e alta taxa de juros. 

JORNAL DO ESTADO: Qual a expectativa da indústria para esse segundo mandato da governadora Fátima no estado do RN e governo Lula no Brasil? 

SANDRO: Temos um excelente relacionamento com o atual governo, houve um incremento significativo nos incentivos fiscais tanto da indústria quanto do comércio no RN. Nossa parceria é ótima com a SEDEC, através do Secretário Jaime Calado e o Adjunto Silvio Torquato, foram passos importantes construídos em conjunto com a iniciativa privada. No entanto, uma preocupação que temos é com relação ao aumento da alíquota do ICMS, essa iniciativa desagrada todo setor produtivo do estado. O aumento do imposto gera consequências negativas para economia do RN, certamente influenciará no preço final dos produtos, diminuindo nossa competitividade, bem como, dificultando o consumidor final no poder de compras. 

JORNAL DO ESTADO: Quais devem ser as prioridades para impulsionar e fortalecer o desenvolvimento econômico? 

SANDRO: Considero a Reforma Tributária essencial para o desenvolvimento econômico do País, no entanto, equilibrar os gastos públicos e controlar a inflação são prioridades nesse cenário de fortalecimento da economia. Muito importante também, não romper o teto de gastos, limitando as despesas com os três poderes e outros órgãos federais. 

JORNAL DO ESTADO: Agora vamos falar sobre a FIERN. Como o senhor analisa a eleição do empresário Roberto Serquiz para presidir a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte? 

SANDRO: O Presidente eleito Roberto Serquiz é um empresário com vasta experiência tanto no mercado, quanto na Federação das Indústrias do Estado. Pela sua liderança foi eleito numa chapa única, conseguiu através de seu jeito simples e foco no resultado, agregar a imensa maioria dos sindicatos. Tenho certeza que sua gestão vai ser um sucesso. Experiência, competência e liderança são os pilares que faz Roberto Serquiz um gestor ímpar. 

JORNAL DO ESTADO: O senhor faz parte da sua diretoria. Como será a sua participação nessa nova gestão? 

SANDRO: Espero contribuir de forma positiva com a gestão do novo Presidente, Roberto Serquiz escolheu muito bem a nova Diretoria, foi uma renovação considerável. Vamos está sempre à disposição do Presidente, sugerindo, discutindo, debatendo e trazendo novas ideias sempre em prol do crescimento da nossa indústria. 

JORNAL DO ESTADO: Atualmente o senhor faz parte da diretoria da ASPIM – Associação das Empresas do Polo Industrial de Macaíba ocupando qual cargo? Qual o objetivo dessa associação? Que relação a ASPIM tem com a FIERN? 

SANDRO: Sou o segundo vice-presidente da associação, nossa relação com a FIERN é extremamente positiva. Trata-se de uma parceria com objetivo de sempre somar. Recentemente assinamos um acordo de cooperação técnica com a Federação das Indústrias, visando eliminar burocracias junto a órgãos do estado, bem como para realizar ações de desenvolvimento sustentável no RN. 

JORNAL DO ESTADO: Quantas empresas estão funcionando no polo industrial de Macaíba? 

SANDRO: Aproximadamente 50 empresas.

JORNAL DO ESTADO: Quantos empregos são gerados e qual o faturamento anual estimado?

SANDRO: São gerados por volta de 4.000 empregos diretos com faturamento anual ultrapassando meio bilhão de reais. 

JORNAL DO ESTADO: Como está a relação da ASPIM com o poder público municipal? 

SANDRO: Nossa associação tem uma ótima relação com a Prefeitura de Macaíba, recentemente marcamos uma reunião com o prefeito e seus secretários para acompanharmos mais de perto a previsão do início das obras de pavimentação no Polo industrial. Estamos otimistas com relação tanto a pavimentação quanto a substituição das lâmpadas convencionais pelas de led. 

JORNAL DO ESTADO: Quem é Sandro Peixoto? 

SANDRO: Um empresário que atua nas regiões Norte e Nordeste, no setor de alimentos e limpeza, sócio fundador das Indústrias Unidas SM Ltda. Nascido em Natal no dia 23 de março de 1969, Pai de três filhos: Thiago, Leonardo e Allícia. Casado com Mellissa desde 1994. 

JORNAL DO ESTADO: Suas considerações finais e mensagem de ano novo.

SANDRO: Aproveito para agradecer a equipe do Jornal do Estado pela oportunidade de comentar diversos assuntos ligados à nossa história empresarial, bem como assuntos relacionados a economia do RN e do Brasil. Por fim, aproveito para desejar a todos os leitores um excelente 2023, sempre com gratidão a Deus pela saúde, pela família, pelo trabalho, pelo lar, pelo alimento e pelo constante otimismo por um Brasil mais forte pujante com responsabilidade social e ambiental. Forte abraço.

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