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Obra construída para grandes espetáculos está abandonada

O Teatro Municipal Paulo Barbosa da Silva, localizado no Parque Aluízio Alves, foi inaugurado em 2014, como mais um espaço para as manifestações artísticas e culturais. Com capacidade para 500 pessoas sentadas, é um dos maiores do Rio Grande do Norte. O que era para ser palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais, virou sinônimo de descaso e desperdício do dinheiro público. Desde a inauguração, nunca passou por uma grande reforma. Hoje abandonado, a deterioração do prédio é visível, conforme denúncia feita ao Jornal do Estado por um morador do bairro da Cohabinal que pediu sigilo da sua identidade, publicamos com EXCLUSIVIDADE as fotos para os leitores desse semanário.
O tempo passou e a construção, além de não está sendo utilizada, ficou prejudicada após ser parcialmente interditada para espetáculos na área mais nobre do teatro, como estão nas fotos enviadas pelo leitor do Jornal do Estado.

O Cine Teatro Municipal, uma obra de R$ 7,5 milhões, numa exibiu um filme, foi construído em parceria com o governo federal, que recebeu verbas de emendas parlamentares da deputada Fátima Bezerra e do senador Garibaldi Filho e também da Câmara Municipal. Apesar do enorme esforço de quem trabalha na Biblioteca, por exemplo, o estrago no teto revela a decadência da estrutura do equipamento cultural, salas para atividades lúdicas estão vazias, a sua estrutura externa é uma vergonha com um parque em desuso pela população que não têm acesso, tudo está fechado por enormes cadeados.
Dividido em dois pisos, o complexo multicultural tem área total de 4.402 metros quadrados, caixa cênica de 22 metros de altura, capacidade para 600 pessoas, quatro auditórios, espaço para galerias, salas de oficinas, praça de alimentação e camarins coletivos e individuais. O Cine Teatro se estivesse funcionando com sua capacidade total ofereceria ainda, cursos de formação nas mais diversas artes, além de poder receber um grande volume de espetáculos. Mas a situação é dramática!
“Passando em frente ao Teatro, fiquei surpreso com o péssimo estado de conservação. O prédio encontra-se com a estrutura totalmente deteriorada, suja e abandonada, pintaram um desenho aí para esconder o que está lá dentro. Os frisos de madeira estão quebrados. O elevador não funciona. As escadas encontram-se danificadas e o estacionamento está abandonado”, escreveu ele. Pior que o que foi relatado pelo leitor é o estado da cobertura: um plástico cobre um enorme buraco, tentando impedir que a água da chuva vaze.
O leitor declarou também que lamentava a situação atual do teatro com a escolha do nome do equipamento que não tinha muito sentido. “Mesmo o saudoso vereador Paulão ter sido uma figura muito popular no município, não entendo até hoje porque a prefeitura colocou seu nome, pois ele nunca fez nenhum trabalho pela cultura local, na época da indicação de seu nome para batizar o teatro, pessoas da sociedade e alguns artistas me procuraram pedindo para não aceitar a indicação feita pelos colegas dele que queriam homenageá-lo depois do seu falecimento. Segundo eles, teria que ser um nome ligado à cultura, porém não foi feito nenhum movimento contra essa lei que foi aprovada. Acho uma indelicadeza e desrespeito por tantos artistas que fizeram pela arte da cidade. E esse mesmo sentimento de desrespeito à memória do segmento quando vejo o teatro se deteriorar dessa realidade que está nessas fotos, espero que sejam publicadas essas imagens nesse jornal que possui muita credibilidade em Parnamirim e no Rio Grande do Norte”, finalizou o morador indignado. Pronto. Estão publicadas. O espaço está aberto para a Fundação Parnamirim de Cultura e Prefeitura de Parnamirim.

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